YORK (Reuters Health) – A ressonância magnética
para detectar edema da medular óssea do punho e articulações dos dedos pode
ajudar os médicos a diagnosticar a artrite reumatoide em fase inicial, quando
adicionados aos critérios de classificação AR 2010, de acordo com pesquisadores
do Japão.
"Métodos eficientes para diferenciar a artrite
reumatóide (AR) em uma fase inicial de outras doenças são desejados desde a
intervenção terapêutica precoce para melhora dos resultados clínicos e
radiográficos de AR", em Anais das Doenças Reumáticas, on-line 02 de
setembro.
"Esta é a primeira evidência de que a combinação
de edema de medular óssea detectados pele RM com os critérios de classificação
da artrite reumatoide de 2010, aumentam a probabilidade de diagnóstico precoce
da artrite reumatóide" de acordo com o autor Dr. Mami Tamai, da
Universidade de Nagasaki, Escola de Pós-Graduação de Ciências Biomédicas.
No entanto, ainda não está claro se a RM deve ser
incorporada na propedêutica do paciente, conforme email escrito por ele à
Reuters Health.
"Os achados de RM são mais sensíveis do que os
exames físicos", disse o Dr. Tamai. "Mas o fato da RM ser muito cara
nos dias de hoje, não estamos certos se vale a pena."
Os autores avaliaram 166 pacientes consecutivos com
artrite precoce, que não cumpriam os critérios de AR 1987 ou outros critérios
internacionais para a doença reumática no início do estudo em um centro médico.
Eles incluíram 13 pacientes sem edema articular importante e dois pacientes com
erosão radiográfica simples típica. A duração média da doença no início do
estudo foi de dois meses.
Todos os pacientes tiveram um exame físico, exames de
sangue e de RM com contraste paramagnético das articulações do punho e dedos.
Os critérios de 2010 tiveram uma sensibilidade de
61,9% e uma especificidade de 82,6% para a identificação de pacientes que foram
colocados nas drogas modificadoras da doença (DMARDs) dentro de um ano.
Comparado com sinovite simétrica e erosão óssea, edema
da medular óssea foi o achado de RM mais útil em relação a melhora da acurácia.
Quando estes achados foram adicionados aos critérios
2010, houve um aumento da sensibilidade para 76,3%, enquanto que a
especificidade caiu para 75,4%. A
precisão dessa medida combinada foi de 75,9% contra 70,5% com os critérios de
2010 sozinhos.
Os pesquisadores encontraram um padrão semelhante ao
usar o cumprimento dos critérios de AR 1987 em um ano como referência.
"Este estudo demonstra que o uso da ressonância
magnética em pacientes selecionados que não satisfazem os critérios de
diagnóstico podem identificar aqueles que vão continuar a desenvolver artrite
reumatóide", disse o Dr. Joshua F. Baker, um professor assistente em
reumatologia e epidemiologia na Universidade de Pensilvânia, na Filadélfia, que
não esteve envolvido no novo trabalho.
"No entanto, como isso pode afetar em prática o atendimento
clínico ainda não é conhecido, nem se sabe quais são as ramificações dos custos",
disse à Reuters Health por e-mail. "Portanto, a consideração cuidadosa
deve ser dada antes que esta tecnologia seja recomendada para o uso
rotineiro."
Dr. Baker acrescentou que os médicos também devem
considerar que a ressonância magnética pode ser útil apenas no contexto clínico
correto. "Em outras palavras", disse ele, "uma ressonância
magnética" positiva "não deve ser considerada diagnóstico da doença
em si, mas apenas a informação considerada útil no contexto de outras
evidências clínicas da doença."
Dr. Robert Landewe, professor de reumatologia da
Universidade de Amsterdã, na Holanda, repetiu a nota cautelosa.
"Todos os estudos de diagnóstico em que a RM é
testada resultados por padrão em maior sensibilidade. No entanto, não sabemos
se esses pacientes diagnosticados adicionalmente têm realmente o tipo de AR que
deve ser diagnosticada e tratada no início, a fim de melhorar os seus
resultados", ele disse à Reuters Health. "Na ausência de um
verdadeiro padrão ouro para AR, contra a uma que podemos testar, devemos estar
sempre preocupados com diagnóstico e tratamento de muitos pacientes."
"Hoje em dia, vemos um monte de estudos que
afirmam que as ferramentas de diagnóstico inovadoras (se incluem testes ou
exames de imagem ou de sangue) podem melhorar o diagnóstico da AR," disse
o Dr. Landewe. "Mas o diagnóstico da AR é CLÍNICO, e baseia-se na anamnese
cuidadosa, exame físico (presença de sinovite clínica) e exames de sangue
simples. Todas as orientações e recomendações existentes para o tratamento da
AR têm se baseado em critérios clínicos, não em critérios embelezados com
sofisticadas ferramentas de alta tecnologia. "
Artrite reumatóide
Artrite reumatóide
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