Médico Radiologista

Profissional experiente e disposto a encontrar o melhor caminho para o melhor tratamento.

Corrida

Siga as orientações de um profissional de educação física para evitar problemas.

Telerradiologia na Região Norte

Os exames envidos pela internet são analisados de forma precisa.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Bursite no Ombro?

BURSITE NO OMBRO

     O termo conhecido popularmente como BURSITE DO OMBRO, desde o final da década de 90, não é mais usado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo, visto que até então, acreditava-se que a inflamação da Bursa, que é um tecido encontrado em várias articulações como joelho, quadril, cotovelo, etc, era a causa da doença cujo nome técnico atual é Síndrome do Impacto Subacromial, que representa a principal cauda de dor no ombro de origem não traumática que leva os pacientes a procurarem um médico Ortopedista no consultório.
     Hoje sabemos que a inflamação da Bursa é consequência e constitui apenas mais uma das várias alterações existentes nesta doença, que pode vir acompanhada também por:
  • alterações ósseas, sobretudo do acrômio, que é um osso que forma o chamado teto da principal articulação do ombro;
  • artrose da articulação Acrômio-Clavicular;
  • e finalmente, inflamação e nos casos mais avançados, ruptura dos tendões que compõe o manguito rotador, cujas principais funções são dar movimento e estabilidade para o ombro.

     Assim como inúmeras doenças músculo-esqueléticas, a síndrome do impacto subacromial é causada pela falta de exercícios específicos, bem como pela execução inadequada destes.
     Os sintomas mais comuns são dor, sobretudo noturna e ao se realizar elevação do braço (acima de 70 graus), limitação funcional progressiva, hipotrofia muscular e nos casos mais avançados, diminuição e até perda da força e/ou movimentos.
    O diagnóstico é dado pelo exame físico, com a realização de testes específicos. A avaliação radiográfica é importante para o estudo da anatomia óssea local, bem como pela procura de sinais diretos e indiretos da existência desta doença. Na suspeita de lesão dos tendões, o exame de escolha é a ressonância nuclear magnética, que além de determinar a presença ou não da lesão, revela sua exata localizacão, tamanho, tipo e se os músculos que dão origem aos tendões estudados apresentam sinais de degeneração gordurosa, cuja presença aumenta sobremaneira a gravidade do caso, uma vez que trata-se de condição irreversível.
     O tratamento quando iniciado precocemente apresenta elevados índices de sucesso, consistindo basicamente em medicação, orientações e fisioterapia. À medida que a doença avança, a chance de sucesso do tratamento não cirúrgico diminui e a necessidade de intervenção cirúrgica aumenta, sobretudo na vigência de lesões completas de 01 ou mais tendões, situações que entre outras coisas é realizado o reparo destas estruturas.
     Por tratar-se de doença evolutiva, os pacientes que não tratam a síndrome do impacto subacromial passam por todas as fases da doença até a rotura dos tendões, que quando não tratados podem culminar com uma dasmais graves patologias do ombro, qual seja a artropatia do manguito rotador, cujo tratamento atual consiste em realizar artroplastia total reversa do ombro.
     A prevenção desta doença é obtida através da realização de exercícios de fortalecimento muscular do ombro, em especial dos chamados rotadores, bem como por meio de alongamentos dos tecidos existentes na referida articulação e na vigência de sintomas iniciais, a procura imediata para o tratamento da mesma.
     Mas naturalmente apesar da síndrome do impacto subacromial constituir a principal  causa de dor no ombro de origem não traumática, existem outras patologias que também cursam com dor nesta articulação, como se segue:

a) Capsulite adesiva, também conhecida como ombro congelado, cuja principal característa  clínica é , além da dor, cursar com diminuição dos movimentos passivos, sendo o tratamento não cirúrgico considerado como de escolha na grande maioria dos casos.
b) Tendinite calcárea que consiste na deposição de cálcio dentro de 01 ou mais tendões do manguito rotador. Trata-se de doença auto-limitada, ou seja, de resolução espontânea, sendo considerada uma das principais causas de dor não traumática que leva o paciente a procurar atendimento de urgência, tudo em função da dor intensa encontrada durante a fase de reabsorção espontânea do cálcio depositado no(s) tendão (ões).
c) Artrose do ombro, que diferentemente de outras articulações como joelho e ombro, tem sua ocorrência muito mais escassa, embora não menos incapacitante. O tratamento desta doença em estágios mais avançados consiste na realização de artroplastia da referida articulação.
d) Instabilidade configura patologia mais comum entre os jovens que podem culminar com o completo deslocamento da articulação, tecnicamente chamada de luxação. O seu tratamento dependendo da origem (traumática ou atraumática), vai desde fisioterapia e fortalecimento muscular a reparo cirúrgico da lesão.

e) Lesões labrais, cuja identificação veio concomitantemente com o advento da artroscopia do ombro (técnica cirúrgica minimamente invasiva que utiliza microcâmera e transmite para 01 monitor as imagens obtidas dentro da articulação com aumento em várias vezes de seu tamanho real) e cujo tratamento, em boa parte dos casos, dependendo da sintomatologia e nível de atividade física do paciente é cirúrgico.


Jean Klay Santos Machado
Médico Ortopedista
Coordenador de serviço de residência médica em ortopedia e traumatologia HPD / UEPA
Coordenador do Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Adventista de Belém
Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo




quarta-feira, 16 de abril de 2014

Densitometria Óssea

Para que serve? 

É um exame simples, rápido e de fácil execução. Baseia-se na dupla emissão de raios-x. A densitometria óssea mede a quantidade de massa óssea, avalia risco de fratura, sobretudo para o tratamento de doenças que retiram minerais dos ossos, deixando-os enfraquecidos, como a osteoporose e a osteopenia.

Como ocorre o procedimento?
O paciente é posicionado em uma mesa, com o auxílio de técnico especializado, permanecendo deitado por cerca de 5 a 10 minutos. Não é necessário jejum. Você deve comparecer ao exame com roupas leves e confortáveis, sem metais (ziper, botões metálicos etc).

A duração do exame é de aproximadamente 20 minutos, no entanto, recomenda-se que você chegue com 30 minutos de antecedência. Não marque compromissos pelo menos meia hora antes e meia hora depois do exame. Assim, você terá mais tranquilidade.

Evite ingerir o suplemento de cálcio no dia do exame. Se você fez algum exame de medicina nuclear recente, por exemplo, cintilografia óssea, mapeamento de tireóide, MIBI, a densitometria óssea não deve ser realizada.
Da mesma forma, procedimentos radiológicos contrastados, como enema opaco e urografia excretora, não devem ser realizados de forma concomitante. É recomendável também um intervalo de pelo menos 2 semanas entre esses métodos.

Para quem é indicado?
A densitometria óssea é indicada para as mulheres acima de 65 anos e os homens acima de 70. Há também as pré-disposições como o histórico de fratura prévia por trauma de baixo impacto; menopausa precoce (antes dos 45 anos de idade); monitorização terapêutica; monitorização de perda óssea; história familiar de fratura por baixo impacto; tabagismo atual; etilismo crônico (acima de duas doses por dia); baixo índice de massa corpórea (menor do que 19 kg/ m2); deficiência visual grave; história de queda recente (mais de duas no último ano); sedentarismo; baixa ingestão de cálcio; medicações (glicocorticosteróides, anti-convulsivantes, lítio, análogos do GnRH, doses excessivas de T4); doenças associadas (amenorréia prolongada, hipogonadismo, hiperparatiroidismo primário, mieloma múltiplo, tireotoxicose, síndrome de Cushing, transplante de órgãos, sndromes de má absorção (doença celíaca, doença de Crohn, gastrectomia), doença pulmonar obstrutiva crônica).

De quanto em quanto tempo é necessário repetir o exame?
Em média, a cada 12 meses, mas existem situações especiais nas quais pode ser repetido precocemente, como uso crônico de corticosteroides. O importante é seguir a orientação médica.

Há riscos?
De forma geral, o exame utiliza pouca radiação ionizante, aproximadamente 25% da dose de radiação recebida durante a realização de uma radiografia simples de tórax. As contraindicações são as mesmas de um exame de raio-x simples, isto é, gestantes devem ser protegidas.


FONTE: DIMAGEM-Diagnostico por imagem