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Telerradiologia na Região Norte

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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

A importância da ressonância magnética nas espondiloartrites.




O envolvimento das articulações sacroilíacas e da coluna vertebral nas espondiloartrites axiais ocorre com grande frequência, sendo que a primeira manifestação costuma ser a sacroiliíte. Durante anos, os achados radiográficos foram considerados como marca registrada, no entanto sabemos que estes achados refletem apenas os danos estruturais ao invés de inflamação ativa. Na última década, o campo das espondiloartropatias sofreu grandes alterações, em grande parte movidas pelo desenvolvimento de novas drogas para o tratamento da espondilite anquilosante. A Sociedade Internacional de Espondiloartropatias dedicou seus últimos anos na reavaliação dos critérios de classificação já existentes e para o desenvolvimento e validação de instrumentos de diagnóstico, para facilitar o diagnóstico precoce e a avaliação da resposta ao tratamento. A ressonância magnética (RM) foi uma das principais mudanças, apresentando papel importante na avaliação da doença.  Porém a principal mudança foi no diagnóstico precoce através da avaliação das sacroilíacas. A RM apresenta alta sensibilidade na detecção da inflamação aguda (sacroiliíte). Além de ser um dos principais critérios diagnósticos, a RM pode servir como avaliação da atividade da doença, como monitoramento e pode fornecer orientação para o tratamento.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Entorse de Joelho

A entorse do joelho é provocada por excessiva distensão das estruturas que garantem a estabilidade da articulação – ligamentos, por exemplo –, originada por movimentos bruscos ou traumatismos. O trauma mais comum que causa a lesão é a torção com trauma na face externa do joelho, levando ao estiramento do ligamento colateral medial (LCM), localizado na face interna do joelho. Este ligamento geralmente cicatriza sem necessidade de intervenção cirúrgica.


Outras lesões comumente associadas à entorse do joelho são a do menisco medial e a do ligamento cruzado anterior (LCA).
Como ocorre?
Geralmente relacionada à prática esportiva. A gravidade da lesão depende da maneira como o indivíduo torce o joelho. Após um ou dois dias do trauma, podem aparecer hematomas que muitas vezes se estendem até o tornozelo.
Quais os tratamentos?
O tratamento das entorses do joelho é direcionado de acordo com a lesão apresentada. Para melhor acompanhamento da lesão, após a consulta no Pronto Atendimento, deve-se agendar retorno com seu médico particular, levar os exames solicitados e realizar o acompanhamento conforme sua orientação, em ambulatório. Essa nova avaliação deve ser feita em aproximadamente uma semana. O tempo de cicatrização varia conforme o grau da entorse.
Como colaborar com o tratamento?
Na fase aguda – de acordo com a avaliação e orientação médica - é interessante seguir as recomendações:
·         Proteja o membro acometido: é importante diminuir ou deixar de fazer esforço com a perna acometida, utilizando muletas, bengala ou andador.
·         Fique em repouso: quanto mais tempo em repouso, melhor. Faça movimentos apenas para as necessidades básicas diárias e evite caminhadas.
·         Mantenha o apoio adequado: eleve a perna afetada, colocando-a sobre um apoio – como almofada ou travesseiro, por exemplo - quando sentado e sobre um ou dois travesseiros, quando deitado.
·         Use compressas de gelo: as compressas devem ser realizadas na parte da frente do joelho, a chamada face anterior, por 20 minutos, quatro vezes por dia. Deve-se envolver a bolsa de gelo com uma toalha para proteger a pele do frio excessivo.
·         Siga as orientações médicas: de acordo com o caso, algumas medidas especiais podem ser tomadas:
·          Órteses: a necessidade do uso de talas imobilizadoras será orientada pelo médico, quando necessário.
·         Medicações: podem ser prescritos analgésicos e anti-inflamatórios, que devem ser utilizados conforme orientação médica.
·          Exames complementares: dependendo do tipo da lesão o médico pode, após o exame físico do joelho, solicitar uma ressonância magnética. Esse exame deve, preferencialmente, ser realizado depois do primeiro atendimento, com dia e horário marcados. Não há indicação da realização do exame no atendimento inicial do paciente.

Caso surjam vermelhidão, inchaço, dor que não cede com as medicações ou perda de sensibilidade do membro afetado, procurar o Pronto Atendimento para nova avaliação.

Fonte: http://www.einstein.br



segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Joelho: lesões, principais formas de tratamento e prevenção.

 O joelho é uma das maiores articulações do corpo humano e também uma das que mais sofre lesões. Essa articulação é formada pela extremidade distal do fêmur, extremidade proximal da tíbia, patela, ligamentos, meniscos e tendões de músculos que o cruzam. O joelho pode ser lesionado de várias formas por ser muito vulnerável ao trauma direto (pancadas) ou indireto (entorse), além de ser lesionado principalmente pelo excesso de uso ou uso inadequado (regiões condrais e tendíneas são as mais acometidas).
Nos Estados Unidos e Canadá, mais de 4 milhões de pessoas necessitam, anualmente, de tratamento médico para as patologias do joelho. As lesões no joelho são muito comuns no meio esportivo. Atletas das modalidades que possuem corridas e/ou saltos, geralmente se queixam de dores em algum estágio de suas vidas competitivas, muitas vezes tendo que abandonar o esporte. Os atletas recreativos ou mesmo praticantes de academias, também são acometidos por estas lesões. Praticamente todas as estruturas do joelho podem ser lesionadas, neste texto daremos enfoque às lesões mais comuns: Lesões ligamentares (distensões), tendinite patelar, condromalácia patelar e lesões dos meniscos.

Lesões ligamentares

Existem quatro grandes ligamentos no joelho: Ligamento Cruzado Anterior (LCA), Ligamento Cruzado Posterior (LCP), Ligamento Colateral Medial (LCM) e Ligamento Colateral Lateral (LCL). A maior incidência de lesões ocorre no LCA e no LCM. O joelho é estável em extensão, passível de rotação axial (quando flexionado), fazendo com que essa articulação seja menos estável na flexão. Quanto às lesões, o estiramento dos ligamentos é uma das mais comuns nos tecidos moles do joelho, podendo ser classificado como:

1º Grau - Leve estiramento, com pequeno inchaço e sem perda da estabilidade. Neste caso o ligamento permanece íntegro e após o trauma o indivíduo consegue andar. A dor acontece somente no movimento e, em alguns casos, ao toque.
2º Grau - Estiramento de cerca de 50% das fibras, presença de sinais de inflamação, com grande dificuldade de movimentos, sendo a estabilidade preservada na maioria dos casos.
3º Grau – Estiramento de cerca de 75% das fibras, com presença de hematoma acentuado e perda da estabilidade, com diástase de 10mm.
4º Grau - Ruptura ligamentar total ou extração, com rompimento da cápsula e possível ruptura de menisco, consistindo-se em uma lesão grave.

Distensão do ligamento cruzado anterior (LCA)

A ruptura isolada do LCA pode acontecer, porém geralmente, é mais comum que esse ligamento seja danificado junto com outros ligamentos e/ou cornos posteriores de menisco. O mecanismo básico da lesão do LCA envolve a hiperextensão do joelho, como por exemplo, um golpe direto na parte frontal do fêmur com o pé fixo no chão.
O LCA também se distende em atividades que exigem mudanças rápidas de direção como no futebol, handebol e basquete (momento da “finta” ou em freadas rápidas, arrancadas) e em esportes de salto quando não acontece uma aterrissagem firme.
Durante a reabilitação deve-se evitar alongamentos agressivos dos músculos isquiotibiais e os exercícios devem ser executados inicialmente com os joelhos ligeiramente flexionados.
Os exercícios de cadeia cinética fechada são mais indicados. O fortalecimento dos isquiotibiais é de suma importância, uma vez que eles ajudam na estabilização do joelho. Atualmente a reabilitação desse tipo de lesão tem sido feita utilizando o agachamento como principal exercício, pois durante sua execução não existe forças tensionais significativas no LCA. Isso se deve em parte pela moderada ativação dos isquiotibiais que ajudam a aliviar a tensão no LCA devido ao mecanismo de co-contração.
O interessante é que à medida em que se aumenta o ângulo de flexão de joelhos aumenta-se a contração dos isquiotibiais, fazendo com que o agachamento profundo possa ser utilizado em estágios mais avançados de recuperação. A frouxidão ligamentar do LCA lesionado pode ser controlada em exercício de cadeia cinética fechada (ECCF), mas não em exercício de cadeia cinética aberta (ECCA). Durante o agachamento a maior compressão no LCA acorre nos ângulos menores que 50 graus.

Distensão do ligamento colateral medial (LCM)

Uma das lesões mais comuns no esporte. Geralmente é resultante de uma força externa direcionada ao aspecto lateral do joelho, ou seja, ocorrem muitas vezes por trauma na face lateral (externa), sendo relacionada a esportes como o futebol, judô, karatê, etc. O tratamento consiste em fortalecer todos os músculos que cruzam a articulação dos joelhos (quadríceps, isquiotibiais, adutores e abdutores),  após a interrupção do quadro de dor.

Distensão do ligamento cruzado posterior (LCP)

Distensões nesse ligamento são pouco comuns no meio esportivo e geralmente outras estruturas são afetadas. A hiperextensão do joelho é o mecanismo mais comum dessa lesão, geralmente ocasionado por trauma direto na região anterior da parte superior da coxa. No tratamento deve-se focalizar o quadríceps, uma vez que esse músculo fortalecido tende a deslocar anteriormente a tíbia, revertendo assim o sinal de gaveta posterior. A força dos músculos posteriores da coxa deve ser estabelecida espontaneamente sem exercícios específicos.
É importante o alongamento dos isquiotibiais, mas sempre tendo os devidos cuidados para não hiperestender o joelho lesionado. O fortalecimento do quadríceps deve ser priorizado com exercícios de cadeia cinética aberta (ex: cadeira extensora), mas em fases posteriores da reabilitação, os exercícios de cadeia cinética fechada, como agachamentos, podem ser introduzidos, porém deve-se ter cuidado com a angulação, pois à medida em que se aumenta o ângulo de flexão, aumenta-se a tensão neste ligamento, sendo seguro trabalhar em ângulos menores que 50 / 60º.

Tendinite patelar (“joelho de saltador”)

A dor na região infrapatelar é mais comum nesse tipo de lesão, porém outros fatores podem ocasioná-la:
·         Lesões da patela, como osteocondrite;
·         Patela com fratura de esforço ou polo inferior alongado e proeminente;
·         Hipertrofia do corpo adiposo infrapatelar;
·         Bursite ou doença de Osgood-schlatter.
 A tendinite patelar está associada com mais frequência a atividades repetitivas. Ela foi primeiramente descrita em atletas de salto em altura (daí o nome de joelho de saltador) mas é quase igualmente endêmica em jogadores de basquete e vôlei. Além de atividades que envolvam saltos, atividades de corrida também costumam exacerbar esse quadro. A dor da tendinite patelar normalmente é de fácil localização, e acomete geralmente o polo inferior da patela, ou mais raro sua borda superior. No tratamento, o primeiro passo é a diminuição dos sintomas, e isso deve ser feito interrompendo as atividades que causem dor.
Tratamentos com gelo, medicamentos, anti-inflamatórios e exercícios isométricos do quadríceps são iniciados imediatamente e continuados até que os sintomas desapareçam. Deve-se fortalecer e alongar o quadríceps e os alongamentos devem ser feitos pelo menos 4 vezes por dia, ao acordar, antes e depois das atividades físicas e antes de dormir. Durante o alongamento recomenda-se um mínimo de 20 segundos de manutenção da posição por 2 ou 3 séries. Os exercícios isotônicos e com mais cargas podem ser realizados assim que os sintomas de dor tiverem cessado e também não surgirem durante a execução.

Condromalácia patelar (“joelho de corredor”)

A condromalácia patelar é uma lesão da cartilagem patelar devido à degeneração prematura, com amolecimento, fibrilação e aspereza dessa estrutura, nas quais, são semelhantes às relacionadas com a osteoartrite. A condromalácia pode ocorrer devido a trauma direto com consequente dano condral, ou resulta de qualquer condição que interfira com os movimentos patelofemorais habituais, tais como variações anatômicas anormais. Essas variações podem ser causadas pelo aumento do ângulo Q, patela alta, insuficiência do vasto medial, oblíquo e desequilíbrios articulares. Esta lesão é mais comum em mulheres (devido principalmente ao aumento do ângulo Q) e ocorre prioritariamente em atividades como balé, corridas, ciclismo, voleibol, etc.
A dor é descrita como profunda e localizada na região retropatelar e pode ser sentida ao subir e descer escadas, em atividades prolongadas, após ficar muito tempo com os joelhos flexionados e ao agachar-se para pegar um objeto no chão. Em movimentos de flexão dos joelhos a dor é acompanhada de crepitação retropatelar facilmente audível ou sentida com a mão por cima da patela. O principal sinal para um diagnóstico consiste em mover a superfície da patela contra o fêmur. O tratamento é conservador, muito parecido com o utilizado no procedimento da tendinite. Estimular o repouso evitando atividades que provoquem a dor patelar, como correr, saltar, andar em salto alto e exercícios que promovam a flexão do joelho (ex: ciclismo e subir escadas).
A base do tratamento é constituída de exercícios que fortaleçam o quadríceps, principalmente o vasto medial oblíquo (VMO). Apesar de ser necessário o fortalecimento prioritário do VMO, dificilmente essa musculatura pode ser isolada e fortalecida individualmente. Um estudo conduzido em 1999 comparou a ativação do vasto medial oblíquo com o vasto lateral, vasto intermédio e reto femoral em 9 exercícios diferentes, os pesquisadores demonstraram não haver diferenças significativas entre os músculos, concluindo então que o VMO não pode ser isolado durante os exercícios.
É recomendado que se realize exercícios isométricos para o quadríceps, pois não aumentam a dor, fortalecem e envolvem movimento mínimo da patela. Já os exercícios de flexão de joelhos, tais como agachamentos, são indicados, mas implicam em uma sobrecarga muito grande sobre a articulação patelofemoral e resultam em exacerbação dos sintomas. Apesar de a tensão patelofemoral aumentar concomitante à flexão do joelho no agachamento, devemos ter em mente que o agachamento profundo, mesmo realizado com poucas repetições e muita carga, é menos deletério que atividades cíclicas de longa duração, pois na verdade o maior problema da condromalácia está no alto volume dos treinos. Outro fator importante neste tipo de lesão é o fortalecimento e alongamento dos isquiotibiais, flexores do quadril e abdutores.

Lesões de meniscos

Cada um dos compartimentos laterais e mediais do joelho contém um menisco fibrocartilagíneo em forma de meia-lua e de consistência amolecida. Os meniscos ajudam a aumentar a congruência articular, estabilizam a articulação, absorvem choques e limitam movimentos anormais, além de ajudar na nutrição articular e na lubrificação da cartilagem. Os atletas de final de semana são os principais candidatos às lesões dos meniscos devido ao condicionamento físico inadequado. A cartilagem pode sofrer ruptura na direção horizontal ou longitudinal, sendo esta última mais comum. Quando a lesão é grande o suficiente, atingindo longitudinalmente desde o corno anterior até o posterior, é denominada de “alça de balde” e o fragmento interno pode se deslocar e assim produzir um bloqueio articular.
Em pacientes com ampla ruptura de meniscos deve ser realizada a meniscectomia, mas quando ocorrida na inserção vascular periférica, o menisco pode ser recuperado. Geralmente o tratamento visa aumentar a força do quadríceps, dos flexores e abdutores do quadril e deve ser combinado com exercícios para alongar os isquiotibiais e panturrilhas.
Existem especulações quanto à sobrecarga a estas estruturas causada pelo agachamento. Estudos demonstram que o pico de força compressiva no agachamento profundo varia de 550 a 7928N, mas nenhum estudo consegue demonstrar o quanto as estruturas articulares e meniscos podem suportar. A partir de observações empíricas podemos avaliar que provavelmente os meniscos suportam bem mais que isso, basta observarmos que os jogadores de voleibol (ou outros esportes de salto) dificilmente têm lesões nos meniscos, mesmo tendo forças (durante os treinamentos e competições) compressivas atuando nessas estruturas bem acima das encontradas no agachamento profundo.

Terapia com frio e calor como forma de tratamento e prevenção de lesões

Atualmente as terapias com frio e calor têm sido muito difundidas na reabilitação de lesões, sem contar que, e a terapia com frio ainda pode ser utilizada na prevenção.

Crioterapia (aplicação de gelo)

Crioterapia (crio = gelo, terapia = tratamento) é o nome que se dá ao tratamento à base de gelo, usado há muitos anos como agente terapêutico. Sua principal aplicação está no tratamento imediato de lesões no esporte, na qual serve para resfriar os tecidos profundos pela vasoconstrição, reduzindo assim as hemorragias. Atualmente a crioterapia tem sido utilizada como meio preventivo para lesões, sendo comumente usada pelos principais clubes e atletas competitivos. A somação do estresse nos tendões e estruturas articulares pode promover uma deficiência nutricional nessas regiões com consequente isquemia local, e a aplicação de gelo nessas regiões promove uma hipotermia, reduzindo assim os níveis metabólicos e evitando reações de hipoxia secundária, que com certeza levaria a dor e incapacidade funcional.
A hipotermia causada pelo resfriamento articular também favorece a agregação molecular de líquido sinovial aumentando assim a sua viscosidade, na qual é um dos fatores determinantes na proteção da cartilagem articular.
Os principais efeitos fisiológicos da crioterapia são: Anestesia, redução da dor, redução do espasmo muscular, estimula o relaxamento, redução do metabolismo local, redução da inflamação, redução da circulação com posterior estimulação, redução do edema e quebra do ciclo dor-espasmo-dor.

Dicas para o uso do gelo:

1- Uso imediato nas contusões – reduz o edema e alivia a dor.
2- Aplicar gelo em qualquer traumatismo ou contusão. Ex: Lesões musculares (contraturas, distensões), lesões articulares (entorses, lesões nos ligamentos), tendinites, hematomas, etc.
3- É recomendado que a aplicação dure no máximo 30min, sendo que na maioria das regiões 20 min já são o suficiente.
4- Nas primeiras 24 horas das lesões mais importantes use gelo por meia hora a cada duas horas.
5- Evite pegar no sono enquanto aplica gelo.

Contraindicações:

O gelo não deve ser usado em caso de redução do suprimento sanguíneo (ex: Doença vascular periférica), também é contra indicado no caso de artrite pois, aumenta a rigidez articular.

Termoterapia (aplicação de calor):

O calor terapêutico tem efeito trófico, promovendo a vasodilatação das arteríolas e capilares melhorando o metabolismo da nutrição dos tecidos, aliviando a dor e aumentando a flexibilidade dos tecidos músculo-tendíneos, além de diminuir a rigidez da articulação, melhorar os espasmos musculares e aumentando a velocidade e volume circulatório do sangue. Geralmente a terapia com calor é utilizada em lesões crônicas, ao contrário do frio que é utilizado em lesões agudas.

Contraindicações:
Não aquecer regiões do corpo que estiverem anestesiadas, edemaciadas, inflamadas, feridas com sangramento, áreas com tumores, sobre os testículos, e sobre o abdômen de gestantes.

Estalos
A articulação pode apresentar estalidos como de vácuo que, geralmente, não tem nenhum significado e são comuns em articulações com hipermobilidade. Estalidos podem ser ouvidos e sentidos em torno das articulações, conforme tendões ou ligamentos deslizam sobre proeminência óssea, mas geralmente ele não tem significado clínico. No caso de dor, os estalidos pode indicar lesão no menisco.

Considerações Importantes
·         Durante o agachamento o estresse na articulação patelofemoral aumenta quando o ângulo de flexão aumenta.
·         As forças compressivas são maiores no agachamento realizado com as pernas mais afastas (afastamento esse de 2 x a largura da espinha ilíaca) do que com as pernas mais próximas (pés da largura da espinha ilíaca).
·         O agachamento deve ser feito de forma lenta e controlada na fase excêntrica, uma vez que esse movimento de descida feito de forma rápida e descontrolada aumenta muito as forças nas estruturas do joelho.
·         O pico de força e o estresse na articulação patelofemoral foi observada com 90 graus de flexão do joelho.
·         O agachamento é considerado mais efetivo do que o leg press para o desenvolvimento muscular, porém deve ser usado cautelosamente em indivíduos com disfunções do LCP e patelofemoral, especialmente em ângulos acentuados de flexão.
·         A maior ativação dos músculos da coxa acontece no agachamento.
·         O vasto medial oblíquo não pode ser isolado de forma significativa durante os exercícios. Um estudo feito em 1998 no Instituto Americano de Medicina esportiva chegou às seguintes conclusões: O agachamento gera 2 vezes mais atividade dos isquiotibiais do que o leg press e a cadeira extensora. A maior atividade do quadríceps acontece na máxima flexão dos joelhos em ECCF e na máxima extensão em ECCA. ECCA produziu maior ativação do reto femoral enquanto o ECCF produz maior ativação dos vastos. As forças compressivas tibiofemorais foram maiores na máxima flexão dos joelhos em ECCF e na máxima extensão em ECCA. As compressões patelofemorais foram maiores na máxima flexão dos joelhos em ECCF e na máxima flexão e na metade da extensão em ECCA.
Conclusões
·         A maioria das lesões podem ser evitadas apenas utilizando medidas preventivas.
·         Uma musculatura forte e com boa flexibilidade ajudam na estabilização dos joelhos e outras estruturas em geral. – Aplicação de gelo nas articulações é mais utilizada após a sessão de treino.
·         A crioterapia é uma medida preventiva de grande valia e tem sido indicada por grandes treinadores e profissionais de saúde.
·         A partir do entendimento dos conteúdos listados acima, podemos sugerir que a utilização de exercícios de cadeia cinética fechada são os mais indicados, principalmente o agachamento.  Além de ter uma maior ativação muscular, ele também é um exercício extremamente funcional, pois utilizamos movimentos parecidos a todo instante, por exemplo no momento de pegar um objeto no chão. Infelizmente esse excelente exercício não é bem visto por muitos “profissionais”, mas isso se deve ao fato de estarem desatualizados ou mesmo não terem domínio dos princípios que norteiam o treinamento desportivo. Com um treinamento bem elaborado, utilizando devidamente a recuperação e principalmente uma boa técnica de execução, o agachamento pode favorecer indivíduos saudáveis ou mesmo com joelhos lesionados.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Entenda a Osteoporose



Osteoporose é uma condição metabólica que se caracteriza pela diminuição progressiva da densidade óssea e aumento do risco de fraturas.
Para entender o que acontece, é preciso lembrar que os ossos são compostos de uma matriz na qual se depositam complexos minerais com cálcio. Outra característica importante é que eles estão em constante processo de renovação, já que são formados por células chamadas osteoclastos encarregadas de reabsorver as áreas envelhecidas e por outras, os osteoblastos, cuja função de produzir ossos novos. Esse processo permanente e constante possibilita a reconstituição do osso quando ocorrem fraturas e explica por que a mais ou menos a cada dez anos o esqueleto humano se renova por inteiro.
Com o tempo, porém, a absorção das células velhas aumenta e a de formação de novas células ósseas diminui. O resultado é que os ossos se tornam mais porosos, perdem resistência. Perdas mais leves de massa óssea caracterizam a osteopenia. Perdas maiores são próprias da osteoporose e podem ser responsáveis por fraturas espontâneas ou causadas por pequenos impactos, como um simples espirro ou uma crise de tosse, por exemplo.
Na maioria dos casos, a osteoporose é uma condição relacionada com o envelhecimento. Ela pode manifestar-se em ambos os sexos, mas atinge especialmente as mulheres depois da menopausa por causa da queda na produção do estrógeno.
Causas e fatores de risco

Entre os fatores de risco que podem levar à osteoporose destacam-se:
* história familiar da doença;
* pessoas de pele branca, baixas e magras;
* asiáticos;
* deficiência na produção de hormônios;
* medicamentos à base de cortisona, heparina e no tratamento da epilepsia;
* alimentação deficiente em cálcio e vitamina D;
* baixa exposição à luz solar;
* imobilização e repouso prolongados;
* sedentarismo;
* tabagismo;
* consumo de álcool;
* certos tipos de câncer;
* algumas doenças reumatológicas, endócrinas e hepáticas.
Sintomas

A osteoporose é uma doença de instalação silenciosa. O primeiro sinal pode aparecer quando ela está numa fase mais avançada e costuma ser a fratura espontânea de um osso que ficou poroso e muito fraco, a ponto de não suportar nenhum trauma ou esforço por menor que sejam.
As lesões mais comuns são as fraturas das vértebras por compressão, que levam a problemas de coluna e à diminuição da estatura e as fraturas do colo do fêmur, punho (osso rádio) e costelas. Nas fases em que se manifesta, a dor está diretamente associada ao local em que ocorreu a fratura ou o desgaste ósseo.
Diagnóstico

A densitometria óssea por raios X é um exame não invasivo fundamental para o diagnóstico da osteoporose. Ele possibilita medir a densidade mineral do osso na coluna lombar e no fêmur para compará-la com valores de referência pré-estabelecidos. Os resultados são classificados em três faixas de densidade decrescente: normal, osteopenia e osteoporose.
Prevenção

Como até os 20 anos, 90% do esqueleto humano estão prontos, medidas de prevenção contra a osteoporose devem ser tomadas desde a infância e, especialmente, na adolescência para garantir a formação da maior massa óssea possível. Para tanto, é preciso pôr em prática três medidas básicas: ingerir cálcio, tomar sol para fixar a vitamina D no organismo e fazer exercícios físicos, Na verdade, essas regras devem ser mantidas durante toda a vida.
rincipalmente, a atividade física tem efeito protetor sobre o tônus e a massa muscular, que se reflete na melhora do equilíbrio e ajuda a evitar as quedas ao longo da vida.
Tratamento

Como a osteoporose pode ter diferentes causas, é indispensável determinar o que provocou a condição, antes de propor o tratamento, que deve ter por objetivo evitar fraturas, diminuir a dor, quando existe, e manter a função.
Existem várias classes de medicamentos que podem ser utilizadas de acordo com o quadro de cada paciente. São elas: os hormônios sexuais, os bisfosfanatos, grupo que inclui diversas drogas (o mais comum é o alendronato), os modeladores de receptores de estrogênio e a calcitonina de salmão. A administração subcutânea diária do hormônio das paratireoides está reservada para os casos mais graves de osteoporose, e para os intolerantes aos bisfosfonatos.
Recomendações

Sempre é bom lembrar que:
1) a osteoporose não é problema que atinge só as mulheres. Ela afeta também os homens. Nelas, a causa mais comum é a queda na produção de estrógeno depois da menopausa; neles, o índice da massa corpórea abaixo de 20, a falta ou excesso de exercício, diabetes, hipertireoidismo, doença do glúten, drogas contra a epilepsia ou imunossupressores usados em transplantes de órgão;
2) a dieta diária deve incluir alimentos ricos em cálcio como leite, queijos, iogurtes; o cálcio é um mineral indispensável para garantir a recomposição da estrutura óssea;
3) suplementos de cálcio e vitamina D são recomendados para manter a massa óssea, especialmente nos pacientes cujas dietas são pobres em leite e laticínios, e que apanham pouco sol;
4) caminhar, andar de bicicleta, nadar, correr e, especialmente, exercícios com pesos são fundamentais para manter o tônus muscular e prevenir a osteoporose;
5) os esportes mais indicados para a produção contínua de massa óssea são os que provocam grande tensão muscular. Músculos exercitados e em movimento colaboram para que os ossos fiquem mais fortes e reduzem o risco de quedas e fraturas nas pessoas de idade;


terça-feira, 27 de agosto de 2013

Osteoartrite


Osteoartrite é uma doença das articulações caracterizada por degeneração das cartilagens acompanhada de alterações das estruturas ósseas vizinhas. As mais atingidas são as articulações das mãos, joelhos, coxofemurais e da coluna.
Um dos sinais da enfermidade é o aumento de conteúdo líquido no interior do tecido cartilaginoso em uma ou mais articulações.
Osteoartrite é a mais comum das doenças reumáticas que se manifesta em ambos os sexos. A intensidade das queixas aumenta progressivamente com a idade.
Causas
Em boa parte dos casos, não se conhecem as causas da osteoartrite primária ou idiopática, mas sabe-se que obesidade, esforços físicos repetitivos e esportes como o nosso futebol e o futebol americano são fatores de risco para doença.
Já os quadros de osteoartrite secundária instalam-se como consequência de traumas, doenças reumatológicas inflamatórias, necrose óssea, injeções intra-articulares repetidas de cortisona, doenças congênitas do esqueleto, doenças metabólicas e endócrinas, e de enfermidades em que haja comprometimento dos nervos periféricos, por exemplo.
Sintomas
Os sintomas da osteoartrite podem permanecer leves ou mesmo desaparecer por longos períodos. O mais importante é a dor nas articulações, que costuma ser de instalação insidiosa e aumentar de intensidade no decorrer dos anos. Caracteristicamente, nas fases iniciais da doença, ela surge com o movimento e vai embora com o repouso.
Enrijecimento e diminuição da mobilidade articular estão também entre os sinais  possíveis da osteoartrite.
Tratamento
Não existe tratamento que retarde a evolução ou reverta o processo patológico que conduz à osteoartrite, mas o condicionamento físico através de exercícios aeróbicos é uma medida importante para controle dos sintomas.
Na verdade, o principal objetivo do tratamento é aliviar os sintomas e permitir que os portadores levem vida normal, sem dor ou limitações de movimento. Para tanto, a indicação de analgésicos é útil, embora sua ação seja pouco duradoura. Já o uso de
anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) deve restringir-se à eventualidade de instalar-se um quadro inflamatório no local.
Em casos selecionados, o tratamento é cirúrgico. As intervenções mais frequentes são: artroplastia (substituição parcial ou total da parte destruída por uma prótese), artrodese (fusão cirúrgica de dois ossos, usada principalmente na coluna), osteoplastia (retirada e limpeza cirúrgica da parte óssea deteriorada) e osteotomia (mudança do alinhamento ósseo através da secção de partes ósseas).
Recomendações
* Repousar por algum tempo durante o dia e depois de atividades que solicitem a articulação acometida pela osteoartrite;
* Adotar uma postura cuidadosa ao sentar-se, levantar objetos e andar, para evitar posições forçadas que sobrecarreguem as articulações;
* Evitar atividades que promovam impactos repetitivos e carregar pesos;
* Usar sapatos confortáveis que ofereçam boa base de apoio;
* Praticar exercícios isométricos que fortaleçam a musculatura para conferir estabilidade às articulações;
* Controlar o ganho de peso;
* Usar bengala ou andadores; certamente esses objetos lhe darão maior independência de locomoção;

* Utilizar sempre os corrimãos das escadas e as alças de apoio no banheiro.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Papel da ressonância magnética na avaliação das lesões meniscais

 muitos anos os meniscos são considerados estruturas vitais que desempenham papel fundamental na biomecânica do joelho. O uso da ressonância magnética para diagnosticar a patologia meniscal é extremamente comum. A sensibilidade e especificidade da ressonância magnética no diagnóstico de lesões meniscais em pacientes sem cirurgia prévia variam, no entanto, o consenso é que a RM é essencial nestes pacientes.
Como o menisco desempenha um papel importante na estrutura e na função do joelho, quando lesionados podem acelerar o desenvolvimento de alterações degenerativas irreversíveis. O diagnóstico das lesões menicais deve ser feito pela RM, assim como informações como tipo e extensão da lesão, bem como alterações associadas como lesões ligamentares e o envolvimento do compartimento articular correspondente.
A avaliação do joelho pós-operatório é mais complicada, e a melhor técnica de imagem para estes pacientes é frequentemente debatida. O conhecimento da anatomia, das variantes e das lesões meniscais, assim como do pós-operatório esperado é necessário para proporcionar ao médico assistente todas as informaçōes essenciais para o melhor seguimento clinico do paciente.
É um exame relativamente rápido (menos de 15 min), indolor e não precisa de nenhum preparo específico para a sua realização, vale ressaltar apenas as contra-indicações comuns à RM.